quarta-feira, 28 de maio de 2008

Ana e a faca

A verdade é que eu simplesmente não sei falar dela e a culpa é de uma frase isolada que me marca, maltrata e instiga. Quando acordo e quando durmo aquela frase de poema me aguça mais do que a frase do Otto Lara Resende instigava aos personagens da peça "Bonitinha, mais ordinária", do grandissíssimo mestre Nelson Rodrigues.
Na peça, falava-se o tempo inteiro que "o mineiro só é solidário no câncer".
Entretanto, a minha frase é mais doce e por isso muito mais perigosa.

Do you Believe in love?

A culpa é da Ana Cristina César, nesse poema.

domingo, 25 de maio de 2008

As desaventuras de Nicky


Pois bem, terceiro post sobre a blogosfera.
Acontece que hoje me peguei desesperada pra que a Shamylle e a Roberta atualizassem As desaventuras de Nicky, o blog delas. Eu simplesmente PRECISO saber o que acontece depois. Não tem filosofia por trás disso, é simplesmente o fato de que o blog delas me aguça a vontade de ler. Eu quero que a Nicky faça mais coisas, eu torço pra um determinado personagem, eu vibro, eu morro de rir!
fora que volta e meia vem umas pérolas que eu gostaria de ter inventado, tipo:


Falta de homem + ócio = falar da pegação alheia.


Bem, não abram o blog esperando uma literatura rebuscada e cheia de figuras de linguagem que você tem que consultar o dicionário para entender. A mocinha, Nicole, ou Nicky, não usa vestidos grandes e rodados como as mocinhas do romantismo, usa shortinho. E não dança Foxtrot, dança funk. De quebra, ainda tem um fusca rosa.

Enfim, vale à pena clicar aqui simplesmente por que na vida de Nicky nada é nada, tudo é tudo e fim de papo!


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Não é a primeira vez que eu falo bem da Shamylle, como vocês podem conferir aqui.

E outra coisa, o blog das meninas é um folhetim. E, fazendo autojabá, eu escrevi sobre isso no blog do grupo de pesquisa, como vocês podem ver.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Crônicas da blogosfera escancarada

Pra fazer a resenha que o Rafael Paes (o professor da disciplina que me motivou a fazer este blog)pediu pra entregar segunda feira, tenho lido mais blogs que de costume. Inclusive, o Thalles fez um artigo mó legal falando de blogueiros, ética na blogsfera e todo o basicão que se precisa saber pra ter um blog.
Mas, enfim, resolvi postar de uma vez por que estava lendo o Saco de Filó e acho que vale à pena falar deste blog. O Marcelo posta crônicas toda quarta e sexta e, ultimamente, tem-se concentrado em falar de internet. Quem tem blog e gosta de blogar vai se identificar com os posts irônicos e metalinguísticos que sempre me fazem rir, especialmente quando ele joga na cara das pessoas que elas tem preguiça de ler e só comentam pra que visitem seus blogs(mesmo sem ter lido).
O post mais recente, pra vocês terem idéia, conta a história de Adão e Eva na tecnologia. Seei que vocês provavelmente já leram um spam parecido com isso, mas trata-se de um texto original.

Um trecho e o link:

"Adão vivia no paraíso feliz e sozinho. Tinha tudo que precisava: um computador e conexão de internet (banda larga da DEUS Telecomunicações). Deus, o dono do provedor, só deu um aviso:- Adão, se chegar um e-mail em seu outlook com um link anexando um arquivo executável, não clique, senão você vai ferrar todo o nosso criador, quer dizer, provedor."

Postagem inteira aqui.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Lucíola

Ainda lembro nitidamente quando o Grijó disse: perto de Lúcia, nenhuma dessas meninas serviria nem pra fazer sabão.
Isso ele disse quando falava de Lucíola, livro de José de Alencar que foi cobrado no vestibular que eu fiz. E, pela descrição detalhada de Alencar, a gente sabe que Lúcia, a protagonista, é belíssima, prendadíssima e inteligentíssima(sempre no superlativo, pois em livros românticos as qualidades das mocinhas são sempre superlativas). Há apenas um problema, ela era uma prostituta, e, das mais caras do Rio de Janeiro.
Sua história começa a ser narrada quando o mocinho cujo nome não me lembro a vê pela primeira vez e logo se apaixona. Na verdade, ele manda cartas à Senhora GM, interlocutora de outras duas histórias de Alencar, Diva e Senhora. Há quem diga que as cartas são enviadas por que o mocinho quer desposar a neta de GM, mas nada disso é explicitamente dito no livro.
O livro, inclusive, já foi base para o enredo da novela Essas Mulheres, da Record, que misturava a história de Lúcia às histórias de Aurélia, de Senhora, e Mila, de Diva. Lúcia era interpretada pela atriz Carla Regina.
Abaixo, a abertura da novela.



Só pra constar, a branquinha é a Milla, a loira é a Aurélia e a morena é a Lúcia.
E, por último e mais importante, Lúcia já foi personagem de um desafio do Batata quente. Quem escreveu a história foi a Darshany e, pra ler, só clicar aqui.

PS: Lucíola é um vaga-lume que fica na beira dos charcos. Bom nome para a história de uma mulher lindíssima e puríssima que é prostituta.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Vai um Drink?

Não sei se vocês repararam, mas a sessão drinks do meu blogrol é toda composta por blogs meio literários. Vou falar de um deles hoje, do qual gosto muito.
Com açúcar, com afeto é um blog do qual eu tirei um texto à umas postagens atrás e, embora raramente seja atualizado, sempre me traz uma surpresa escrita em versos. A autora, Marcela Rangel, tem uma doçura gostosa e madura na hora de escrever(foi o melhor jeito que arrumei de dizer que ela é doce, mas não é besta, inocente ou idiota). Muitas vezes se põe na bandeja quando escreve, noutras se esconde.
Eu só sei que sempre procuro o que ela escreve, me acalma ou agita na hora que eu preciso.
E não tenho mais o que dizer, então fucei o arquivo e catei um trecho de poema.


"Ninguém mais se choca com nada.
Por que, então, o que digo haveria de escandalizar?


Chocante mesmo foi o carro não ter morrido, foi eu ter tido coragem e ter até corrido.
Comecei a notar que as coisas invisíveis tem mais cheiro, mais presença e mais cor.
Como as sensações. Aquelas sensações! Todas elas, ninguém nunca as poderia roubar.
É como esse texto que, a partir daquela brisa tão desejada, comecei a criar.
É como a cor do invisível.
Qual será?"




Para ler o poema inteiro, basta clicar aqui.




segunda-feira, 19 de maio de 2008

O Diário da Princesa


Esses dias eu falei das pessoas que esperam os filmes saírem por preguiça de lerem os livros. Não pretendo me aprofundar no assunto. Apenas queria ressaltar que, às vezes, a adaptação fica melhor que o original. É o caso, e eu aposto que a Gaby não vai concordar, do Diário da Princesa.
A história de uma menina baranguinha que se descobre futura governante de um pequeno país europeu é atraente por si só. Primeiro por que TODA menina(e eu digo isso prepotentemente mesmo), já sonhou ser princesa.
Existe todo um glamour e uma cultura de contos de fada antes de dormir por trás disso. Se tratando, ainda por cima, de uma garota legal-mas-que-nunca-chamou-atenção é melhor ainda. Por que Mia, a mocinha-anti-heroína, era invisível, gostava de ser invisível e, por ela, não deixaria de ser assim.
E Mia, de baranguinha, fica gatona; de anti-social, vira popular; de pega-ninguém, passa a ser disputada por dois garotos bem bonitos. E o legal disso tudo é justamente o fato de ser um diário. Todas vibramos com Mia e sentimos em nós a cultura pop que ela emana e usa como referência, conhecemos aquela linguagem e até gostamos dela.

Só que eu comecei falando que o filme é melhor. E ainda acho que seja. Primeiro por que gosto de filmes açucarados, depois por que o filme é mais ágil que o livro e no fim das contas, a história não é totalmente a mesma, mas não perde a essência de sonho de princesa.

Enfim, leiam o livro (não acho que os meninos vão gostar, mas as meninas talvez), assistam o filme, comentem no blog e depois vejam o que a Gaby escreveu sobre o livro na época em que escrevia sobre literatura usando a personagem Patty Literária





O mais legal de tudo: o trailer eliminou todo o meu açúcar.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Andrade

Aviso aos navegantes: o texto que se segue foi mentalmente rascunhado em uma mesa de bar.

Pensando em símbolos (sobre os quais não sei falar, mais finjo), podemos considerar que quanto menos elaborado ele é, mais significações pode adquirir. Considere, por exemplo, as possibilidades de significações da letra A ou de um número qualquer. Peguemos então, um símbolo mais elaborado, como uma palavra (recheada de outros símbolos quaisquer); ainda assim, há diversas significações possíveis em diversos contextos.
Sem mais delongas, vim falar de poesia. Por que o que difere a literatura das demais narrativas é exatamente as possibilidades que a literatura tem. As significações que cada texto adquire para cada pessoa enriquecem o texto e não só ele... Não quero entrar num jogo de valores.
Encerrando o assunto, se a mensagem deve ser claríssima como água, com emissor certo e destinatário previsto anteriormente, estamos fazendo jornalismo ou publicidade, não literatura. Literatura, disse o mestre, permite ambiguidades deliciosas.
E agora não sou eu que falo, sim Oswald de Andrade, que é pra reafirmar a literatura e as múltiplas significações de uma mesma palavra.

Amor
Humor

quarta-feira, 14 de maio de 2008

O Guia do Mochileiro das Galáxias


Suponhamos que você, leitor, tenha hábito de leitura e busque sempre bons livros. No dia de hoje, te indicaria O Guia do Mochileiro das Galáxias, do Dam Adams. Mas e se supusermos que você caiu neste blog por acaso e não gosta nem um pouco de ler. O Guia do mochileiro das Galáxias continua sendo uma boa dica.
- Aline, querida, você pirou?
- Não, caríssimo leitor, eu não pirei. O Guia do Mochileiro das Galáxias é um livro do qual as pessoas podem gostar simplesmente por gostarem de rir. A história é ótima e cheia de boas tiradas. Sem contar que o livro é um clássico de ficção científica - e olha que eu nem gosto de ficção científica – com direito a ets, Terra explodindo e naves espaciais.

E se eu não te convenci a ler o livro, segue o trailer do filme que eu não vi.






Por que nesse mundo moderno tudo funciona na base do: vou ler não, daqui a pouco sai o filme!
**post escrito por uma blogueira mal-humorada

terça-feira, 13 de maio de 2008

Epifania

O texto a seguir foi retirado do blog Com açúcar, com afeto e escrito com maestria por Marcel Rangel, que também escreve sobre cinema.

Epifania

Uma epifania de Clarice me atingiu.
A cabeça de tão aberta, as vezes, não consegue se conformar com o óbvio.
Certos gritos por alto demais não podem ser ouvidos, diz o Gullar.
Mas nunca é tarde demais.
E foi quando a epifania de Clarice me atingiu.
Ela (a Clarice) bem deveria saber que ela (a epifania) só surge em momentos de absurda clareza.
Há de se entrar em contato com tudo que se ouviu e se ignorou.
Há de se acertar com todos os assuntos interiores que se havia escondido e...
Pausar.

Pular uma linha.

Sem dor ou alarde.
E, de repente, uma calma aterrorizante toma conta.
Uma brisa leve é gerada.
Nem tudo está perdido, muito menos resolvido.
Mas, não importa.
É como se o esclarecimento desse força (não daquelas forças de luta, mas daquelas que dão vontade de prosseguir, jamais desistir).
E quando a epifania está para terminar, posiciona-se em um estado entre o normal e o epifano que faz com que se pense em Clarice Lispector, em Ferreira Gullar, em epifania, em poema e, se a sorte adentrar, em postar.

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Achei que o texto cabia bem no blog. Seguem, então, mais links sobre Clarice e Gullar.
Um abraço,

sábado, 10 de maio de 2008

Lolita

"Lolita, luz de minha vida, labareda em minha carne. Minha alma, minha lama. Lo-li-ta: a ponta da língua descendo em três saltos pelo céu da boca para tropeçar de leve, no terceiro, contra os dentes. Lo. Li. Ta. Pela manhã ela era Lô, não mais que Lô, com seu metro e quarenta e sete de altura e calçando uma única meia soquete. Era Lola ao vestir os jeans desbotados. Era Dolly na escola. Era Dolores sobre a linha pontilhada. Mas em meus braços sempre foi Lolita."
Vladimir Nabokov, Lolita

Lolita é mais que uma história irresponsável sobre um quarentão e seu romance com uma nifetinha. Vladimir Nabokov, ao escrevê-lo, estruturou muito bem seu protagonista cheio de traumas e romantismo. Por mais assustador que seja o caso de um homem maduro com uma menina de 12 anos, Nabokov o relata com toda a doçura e paixão de seu protagonista. Não há mau gosto ou vulgaridades. Lolita é uma história bonita e marcante e talvez por isso tenha rendido dois filmes e muita polêmica.

Segue o trailer do filme do Kubrick, primeira adaptação do livro pro cinema:



E por fim, o trailler original do remake feito pelo Adrien Lyne:

Sarau II

Eu tenho primeiro que dizer que foi lindo. Depois eu digo do que estou falando. Sei que me propus a falar de literatura nesse blog e coisa e tal, mas ninguém disse que a literatura deixa de ser literatura quando falada.
E o Sarau sobre o qual disse no post de ontem(passou da meia noite, mas ainda é sexta – eu não dormi e eu decido isso) foi um sucesso. Nunca vi um sarau, nem uma mostra de vídeos tão cheios. Não lá na Ufes.
A exposição de desenhos foi numa sala e passaram mais de 70 pessoas que assinaram. E olha que eu nem assinei nada. E foram umas 3 horas de exposição contando assinatura, ou menos...
E o Sarau em si! Putz... Começou com a mãe da Natasha dizendo que não ouvia falar em sarau desde que tinha lido A Moreninha. Daí a gente foi pra lá e ficou botando músicas felizes pra tocar e o Sarau nunca começava. Tudo atrasou, mas ele por fim começou.
Primeiro falaram poemas de Gregório de Mattos, depois veio Mário de Sá Carneiro e depois eu falei um texto meu e Haroldo falou um texto dele. E todos foram tomando coragem e pegando mesmo o microfone pra declamar qualquer coisa, até música do Ponto de Equilíbrio.
Por que música é poesia sim e não há quem diga que não.
Foi lindo e eu tinha que dizer.


E agora, por que Internet é link, seguem nomes linkados e substancialmente acompanhados por agradecimentos e aplausos. Flora, Damn, Léo Lopes, Juliano Gauche, Túlio, Amanda, Vitór, Vinícius, toda a gestão do Cacos...

E pra fechar, na mostra de vídeos do sarau foi exibido um vídeo meu, que é esse aí:

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Sarau

Pois então,
Amanhã, às 19 horas, no Cemuni V (aquele lugar laranja que fica na entrada da Ufes), vai rolar o Boca do Inferno. Trata-se de um sarau/mostra de vídeo/ exposição de desenhos e telas/ Show do Methânia.
A iniciativa é dos alunos do primeiro período de comunicação lá da Ufes e é um excelente espaço para mostrar produção e conhecer o que há de novo nos campos das artes.
Vai lá e leva um texto!
Mais informações: Blog do Cacos

O meu texto é esse, ó!

terça-feira, 6 de maio de 2008

Belo belo

Aline, Li Vinicius, li Bandeira.. depois disso, muitos beijos
na boca vieram e o fato de entender Vinicius só reforça minhas convicções do
quanto prefiro Bandeira.


Comentário do Marcelo, do blog Saco de Filó, no post "Soneto de fidelidade"



Manuel Bandeira foi dos primeiros poetas que eu gostei de ler. Caí nas graças dele aos nove anos por culpa das Chiquititas - Sim, eu era uma fã histérica delas . Por mais estranho que pareça, em um trecho da novela, uma personagem leu à outra um poema de Bandeira e eu, metida a gostar de poemas, resolvi correr atrás.
Morava perto da biblioteca e pegava sempre o mesmo livro dele, uma coletânea de poemas escolhidos por não lembro quem.
Em especial, dois poemas me intrigavam e me intrigam até hoje: Boca de forno e Belo belo II (existe um Belo belo I). De Boca de forno eu vou deixar pra falar depois, mas devo me concentrar novamente nos meus nove anos pra falar de Belo belo.
A questão é justamente o número. Naquela época, aprendia a verificar contas usando a prova real e a prova dos nove.
Eu gostava daquele negócio, achava bonito somar dois e sete. Nem lembro mais como é que se tira a prova dos nove, só lembro que você somava, dava nove e depois: noves fora zero. Hoje faço contas de cabeça e sou tão arrogante que nem verifico, não sei mais dançar as coreografias das Chiquititas, mas em mim ficou que vida noves fora zero.

zeca baleiro - Bandeira



segunda-feira, 5 de maio de 2008

Entrevista


O que se segue é uma entrevista já velha, mas nunca antes publicada, que fiz com a Lívia Santo, conhecida na internet como MSM, uma excelente e premiada autora de fanfictions.


Aline Dias: Quando você começou a escrever fanfictions?
MSM: Eu comecei a escrever fanfictions, acho que foi em 2002. Eu tinha lido Draco Dormiens (história famosa, escrita pela autora britânica Cassandra Claire e traduzida para o português por várias pessoas diferentes), mas não terminei porque a fic acabou virando H/Hr. Aí, eu li uma fic Victor/Hermione, que ficaria linda sob o aspecto D/Hr (Draco e Hermione), meu (casal) favorito hétero, e eu comentei com uma amiga. Ela me disse para por as minhas idéias no papel, e eu o fiz.


AD: E de onde surgiu seu interesse por fanfictions?
MSM: Bom, os livros demoram muito para sair. Aí, eu estava na casa dessa amiga que me incentivou a escrever e ela comentou que uma colega dela, tinha lhe falado sobre histórias sobre Harry Potter que não eram o livro em si, e ficamos curiosas a respeito. então lemos “Draco Dormiens”, era melhor do que o vazio que se dava entre um livro e outro da série.


AD: Então a necessidade de criar vem da curiosidade?
MSM: Em parte, sim. Acho que as outras coisas que motivam, é o poder que você tem de fazer a história seguir o rumo que você quer, sem se preocupar se isso é lógico ou não para as outras pessoas.


AD: E por que não personagens originais?
MSM: Bom, há alguns personagens originais nas tramas, mas a sensação de poder é bem maior quando você faz os personagens já existentes comportarem-se segundo as suas regras.Torna as coisas mais interessantes, porque apesar de ser uma história inventada, há a veracidade de se pensar que aqueles personagens realmente existem.


AD: E quais são as regras?
MSM: Não há regras, propriamente ditas, á uma sugestão de conduta. Exemplo, você pode alterar completamente a personalidade dos personagens para que a sua história pareça mais verossímil, mas por outro lado, isso faz com que a sua fanfiction se distancie demais dos livros e por isso, seja menos interessante.


AD: O que você gosta de colocar nas suas histórias?
MSM: Eu não sou o tipo de pessoa muito romântica normalmente, talvez por isso, eu me interesse tanto por histórias românticas. Eu gosto de conflitos de interesses, gosto de jogos de manipulação. Mas acima disso tudo, gosto de colocar personagens que superam todas as dificuldades para ficarem juntos... Talvez eu seja um pouco romântica, afinal.


*Pra ler as Fics da MSM, basta clicar aqui ou aqui.
A imagem acima é a capa de uma das fanfictions que mais gostei de ler em todos os tempos. Clicando na imagem, vc lê a fic! Links não são o máximo?
** Acrescentei alguns parênteses pelo bom entendimento de todas as questões envolvidas na entrevista.

domingo, 4 de maio de 2008

Soneto de fidelidade


Foi meu pai quem disse, quando eu tinha 13 anos e era metida a intelectual por que gostava de Bandeira, que eu ia entender Vinícius só depois que eu desse meu primeiro beijo na boca. Na época, achava Vinícius chato por pura ignorância minha. Hoje não acho.
Poderia tentar falar num post sobre toda a obra dele, mas não quero resumir grande coisa em pouca. Quero apenas lembrar que foi ele quem disse das saboneteiras quando fez sua receita de mulher, além de exigir que todo mundo leia esse poema.
E pra não ficar um texto sem conclusão, retomo o beijo na boca do começo pra dizer que papai tinha razão.

sábado, 3 de maio de 2008

O caso Xá Granger


Pra quem não sabe, fanfictions, fanfics ou fics são histórias originais feitas à partir de um universo ficcional pré-existente. O caso é que eu sempre leio fanfictions quando tenho tempo ou quando pifo. Entro em sites (como esse, esse e esse) e fico fuçando até achar a coisa que eu quero ler.
Estava, agora há pouco, procurando uma fic de Harry Potter que tivesse como casal principal os personagens Hermione Granger e Draco Malfoy e achei várias. Li umas três shortfics, nome dado a fics curtas, e, por acaso, cliquei no link de uma longfic, ou seja, fic grandona, dividida em capítulos e tudo o mais.
O caso é que, por acaso, a história que eu peguei pra ler por causa do nome “O que eu também não entendo” – que é uma música do Jota Quest da qual eu gosto um bocado- está sendo escrita por uma tal de Xá Granger. Achei o nome suspeito. Que espécie de criatura usa Xá de pseudônimo? Ainda mais com xis. Não tinha erro. Eu tinha certeza que aquele texto que eu ainda nem tinha lido era de uma garota da minha sala, que inclusive tem um blog que conta histórias de uma tal de Nicky, do qual a AK falou muito bem no seu blog sobre blogs.
Aí eu chequei o e-mail da tal Xá Granger e era a própria Shamylle Alves, única e verdadeira, que nunca me contou que escrevia fanfictions.
Foi então que eu comecei a ler a história e a gostar instantaneamente, apesar de haver alguns errinhos em relação ao conteúdo do sétimo livro de Harry Potter. Nada condenável, eu também ressuscitaria um bocado de personagens em histórias minhas. Não me conformo com as mortes de Harry Potter e as Relíquias da Morte e ponto final!
Enfim, a idéia da fic já é um pouco batida no Fandom (Reino de fans) de Harry Potter. Várias histórias já levaram Harry e sua turma para passar uma temporada junto aos seres humanos comuns sem poder usar magia. No entanto, a Shamylle/Xá Granger, conseguiu não cair nos clichezões da vida e fazer uma história leve, engraçada e instigante.
Inclusive, venho por meio deste cobrar que a fic seja atualizada imediatamente no site!
* Pra ler a história, basta clicar na imagem lá em cima, se der problema, só clicar aqui.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Salomé



Na minha estante há muitos livros, inclusive muitos que nem foram abertos. Mas dos abertos que eu li, ressaltaria hoje um bem curto que li numa deitada só. Trata-se de uma clássica releitura de um clássico feita por um gigante.
Salomé é a história de uma princesa mui bela que se apaixona pelo profeta João Batista e não é correspondida. Não sei bem como é a história na bíblia, mas versão de Oscar Wilde é fascinante e chega a fazer doer.
Há quem tenha dificuldade de ler quando é drama, mas Salomé toca tão fundo que a dificuldade passa. Os olhos dela são visíveis nas falas e toda força das cenas já batem na cara da gente só na leitura.
Salomé é princesa bonita e ainda dança. Ela é bonita e seduz, então pode tudo. Poderia, então, ser qualquer mulher. É por isso que dói.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Com copo na mão

A primeira palavra que eu li, segundo a minha ilustríssima mãe, foi Mônica. Era mesmo a Mônica das revistas em quadrinhos que saía batendo em toda a vizinhança, sempre cheia de razão e sem nenhum medo. Depois dela, fui lendo muitas e poucas palavras entre pontos, vírgulas, aspas e tudo o mais. Fui lendo por curiosidade, paixão e hábito.
Poderia me estender falando que livros viciam e tudo o mais, mas acredito que literatura é hábito. É preciso que se crie rotina pra deixar de ouvir os barulhos externos e mergulhar. É preciso que haja gosto pelo mergulho. Também vale lembrar que existe o livro certo para cada ocasião, o autor certo para cada noite, o gosto certo para cada verão.
Literatura então é acaso. Não gostei de Senhora da primeira vez que li. Na segunda, entretanto, caí nas intrigas e nas falas, nas brigas e nos vestidos rodando nos salões.
Letras tem que ser dançadas, tem que ser bebidas, tem que ser faladas. Livros tem que bater na cara e dar a mão.
Sem mais delongas, este blog se destina a comentar literatura despretensiosamente. Mas não espere uma rotina de críticas de livros e poemas e autores. A literatura daqui é toda ela, sendo online, offline, de parede, carteira, capa de caderno ou livro de capa dura. Quero chover no molhado e descobrir coisa nova. Comentar e pesquisar literatura além da que eu já faço.

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Minha literatura: Gota D'água, Batata Quente, Fanfictions.

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Todos os créditos da imagem do layout devem ser devidamente dados à Amanda Mariano, que fez a figura pra mim de madrugada.
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Além disso, 1 de Maio não é só dia do trabalho. A data também é dedicada à literatura brasileira. O motivo está no Ipsis Litteris.