Mostrando postagens com marcador história. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador história. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 26 de maio de 2009

Que loucura, Woody!



"A loucura é relativa. Quem pode definir o que é verdadeiramente são ou insano?"

Mais uma obra-prima cheia de adultérios, é "Que loucura!", (Side Effects), publicado em 1980, época que Woody Allen já era um artista aclamado, tendo dirigido inúmeros filmes, entre eles "Annie Hall", vencedor de quatro Oscar em 1977. Mas o livro, com 17 textos humorísticos, também é testemunha do início de sua carreira, época que ele fazia o que nós chamamos hoje de Stand Up.

O livro trás textos em que Allen mistura filosofia, psicanálise, história, muito humor e muito, mais muito adultério, claro, onde escreve sobre a neurose moderna, que é sua principal característica.

Não preciso nem dizer que o livro é perfeito para quem adora dar risada da esquizofrenia alheia. Woody Allen faz analogias inteligentes e até coloca Madame Bovary no meio, contando a história de um homem que por mágica aparece dentro da história de Flaubert, onde rouba Bovary pra si, leva pra Nova York e lá vivem um romance secreto, depois de apresentar o futuro para a moça. Em outro texto, ele vive Sócrates que filosofa nos seus últimos dias de vida, antes de ser obrigado a suicidar-se. E, além disso, com o texto "Como quase matei o presidente dos Estados Unidos", ironiza os vários filmes na época voltados ao principal e nada criativo tema de ter sempre alguém querendo a matar o homem mais poderoso do mundo.

Com o estilo que só ele tem, Woody Allen dá voltas na história, brinca com o tempo e as principais neuroses das "pessoas comuns", como ele gosta de falar, e faz mais uma bela obra humorística das mais inusitadas situações e facetas dos mesmos. Toda a delícia e inteligência dos filmes em um livro que vai além dos limites da sua imaginação.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Chega de saudade


“Chega de saudade” é um amontoado de histórias reais sobre pessoas reais que se lê como um romance. Os conflitos, os amores e as maluquices fazem com que qualquer leitor se sinta parte daquilo e queira viver tudo. Nos surpreendemos com histórias de pessoas públicas, como Nara Leão, Vinícius de Moraes e João Gilberto, que acabam se tornando, através da leitura, como vizinhos nossos – quase amigos íntimos!

No decorrer da obra, Ruy Castro narra as histórias da Bossa Nova. O livro começa com a infância João Gilberto na Bahia, passa por curiosidades sobre canções e pessoas, e termina com o disco que Tom Jobim gravou com Frank Sinatra nos Estados Unidos, tocando violão.

Com “Chega de Saudade” na mão, o leitor deve estar atento a como alguns acasos aparentemente irrisórios deram origem a canções que marcaram época e como as relações entre as pessoas influenciaram acontecimentos históricos.

Roberta Sá - Chega de Saudade