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terça-feira, 3 de novembro de 2009

Congresso de Estudos Literários acontece essa semana na Ufes


Dia 5 e 6 de novembro, acontece o Décimo Primeiro Congresso de Estudos Literários Realizado pelo programa de pós-graduação em Estudos Literários da Ufes. O tema deste ano é “Pessoa, persona, personagem”. Haverá conferências e apresentações de trabalhos divididos entre manhãs, tardes e noites dos dois dias, no auditório do ICII, no prédio Bernadette Lyra e nas salas do ICIII.

O objetivo do evento é proporcionar uma reflexão sobre a literatura, levando em conta os seus processos de constituição e a sua indissociabilidade em relação à história, à cultura, à sociedade. Assim, o tema pessoa, persona e personagem, será discutido tendo em vista que são elementos decisivos para a leitura, interpretação e compreensão de textos literários e afins.

Segundo um dos coordenadores do evento, professor Paulo Roberto Sodré, a análise do que é pessoa, o que é persona e o que é personagem é um dos pontos mais polêmicos do estudo da literatura. Dessa forma, o congresso deve se atentar para como essas figuras são tratadas na Literatura e na Crítica, observando como as pessoas são representadas de acordo com raça, classe social e sexualidade, por exemplo, e as relações entre personagem e autoria.

Um dos destaques da programação será a presença do professor Antônio Tillis, do Dartmouth College, EUA, com a conferência “la literatura afro-latinoamericana y las realidades afro-diaspóricas”. Tillis encerrará o evento, na noite do dia 6, falando sobre a Literatura como instrumento de luta política contra a invisibilidade.

A programação completa e os resumos dos trabalhos a ser apresentados estão disponíveis no site.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

A crítica literária, os palpites irresponsáveis e principalmente eu.

Estive ontem em um Debate-papo realizado na Biblioteca Estadual do Espírito Santo. O assunto era a obra do jornalista e escritor José Roberto Santos Neves. Acontece que José Roberto também é editor do caderno de cultura de A Gazeta e a conversa acabou girando muito em torno disso.
Falaram muito na ausência de crítica literária nos jornais e em certo ponto eu entendi que estavam culpando a universidade por não formar críticos ou não divulgar a produção nessa área. E isso é grave, por que o escritor mesmo disse que a crítica não pode ser apenas um palpite irresponsável, como muito acontece na internet(e como eu gosto muito de fazer).
Mas eu sou desses piolhos das letras que fica lá pelo Centro de Ciências Humanas e Naturais procurando professores, conversando e caçando sarna pra me coçar.
E nesses congressos e aulas e conversas em que estive com pessoas que de fato estudam literatura, eu vi produção sim. Coisa por vezes inócua(como o que eu consegui produzir com esta carga ótima de jornalista). Mas havia também uma produção consistente, estudos meticulosos e principalmente paixão.
Então surge outro problema, nessas minhas aventuras, eu fui ler críticas acadêmicas e com toda a minha humildade eu não acho que aquilo tudo caiba num jornal.
Imagine você, leitor, abrir um caderno no café da manhã e deparar-se com análises minuciosíssimas de versos de poemas, rimas, métricas, todas as possíveis camadas de sentido!
Não! Eu estou contaminada pelas capas multicoloridas com fotos enormes e principalmente fofocas.
Pensar numa crítica mais mole(no sentido de simples, não de mole) e curta talvez pareça uma solução plausível a curto prazo.
Acontece que eu acho que o problema está comigo, que tirada um pouco da pesadíssima linguagem acadêmica de segundo beutrano página tal ano tal, uns ensaios longos bem caberiam no meu café da manhã.

Agora, se quiser parar de ler este texto, fique à vontade. Começam aqui as minhas reflexões sobre a vida, esse boteco e tudo mais.
Qual é a minha com esses palpites descompromissados sobre livros? É claro que a paixão conta e a tentativa de captar esta virtualidade tão psicopata, assustadora e deliciosa é fundamental. Mas o principal são os livros. O que eu gosto mesmo é de me derreter, roer as unhas, parar de respirar, torcer, querer que acabe logo. Ai. Eu gosto mesmo é dessa angústia de narrativa que só os livros me despertam.
E se a paixão faz crítica, eu não sei.
Até acho que não.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Campo de Ampliação

Na próxima semana, o poeta Casé Lontra Marques lançará seu segundo livro, Campo de ampliação, pela editora Lumme. O lançamento será durante o Simpoesia, evento internacional de poesia que acontece do dia 4 ao dia 7 de junho na Casa das Rosas, em São Paulo.
O livro já pode ser comprado pela internet, no site da Livraria Cultura, e estará à venda, em Vitória, a partir do dia 8 de junho, na Livraria Leitura.
Casé Lontra Marques foi um dos destaques do ano passado com a publicação de seu primeiro livro, Mares inacabados. Além de ter sido elogiado por críticos literários consagrados, como Bella Josef (professora da UFRJ), o livro recebeu Menção Honrosa no Concurso Cidade de Belo Horizonte 2007, categoria Poesia – Autor Estreante e esteve entre os indicados ao prêmio Omelete Marginal na categoria Literatura.
Como em Mares inacabados, o poeta prima pela intensidade nos três textos que compõem Campo de ampliação. Três poemas longos dotados de um fôlego belíssimo.
Segundo Casé, os primeiros versos do livro lançam uma proposta de escrita. Estilhaços temáticos na procura de um rosto multiplicado por uma profusão de prismas.
Para ele, a poesia faz parte do seu corpo. Talvez por isso versos tão densos e fluentes, como pulmões, ossos, infecções e nervos.
No prefácio, a escritora e professora da UFMG Maria Esther Maciel fala que o livro compõe-se de três poemas longos e porosos. E parece ser isso mesmo. Poemas tão palpáveis e incômodos quanto o suor que jorra dos poros e se mistura à pele do leitor.

Mais textos de Casé Lontra Marques.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Um livro para ser sentido: Paisagem sobre corpo em silêncio

Alertaram: “A capa diz muito. Perceba”. E é assim: branco, preto, formas geométricas simples, mas desfocadas e um pouco de vermelho que pode ser sangue ou paixão. Simplicidade, desfoque e vermelho permeiam o sétimo livro de poemas do Alexandre Moraes, “Paisagem sobre corpo em silêncio”, que será lançado na quinta-feira, dia 27 de novembro às 19 horas na Adufes, que fica no Campus de Goiabeiras da Universidade Federal do Espírito Santo(Ufes).

Como nos outros livros, Moraes escreve sobre temas como a cidade, o amor, a dor existencial, a dor social e o silêncio com olhos de quem vigia o mundo e inclusive se sente ligado à Clarice Lispector por conta disso.

No prefácio, escrito pelo também poeta e professor do Departamento de Línguas e Letras (DLL) da Ufes Wilberth Salgueiro, há um aviso que precisa ser levado em conta. “Cada leitor há de reconhecer, com mais ou menos precisão, a presença de Drummond (e como!), Chico Buarque, Caetano, Cabral, Graciliano, Guimarães, Cortázar, Dostoiévski, Bandeira, Baudelaire, Ana C., Clarice, Carrol, Marx, Pound etc. – porque cada um de nós tem um etc. particular(...)”.

Em “Paisagem sobre corpo em silêncio” há todos esses autores e um eu-lírico forte que narra e canta quase como se dançasse durante cada verso e cada frase com uma lâmina na mão. Nem um pouco inocente e ao mesmo tempo cheio de doçura, o professor do DLL da Ufes Alexandre Moraes faz o que quer nas linhas que se deu.
E no fim, há socos, choros e afagos cheios de beleza embaralhada como a capa. Paisagem, corpo e silêncio misturam-se em camadas de sentidos que tocam e arrepiam como a literatura deve ser. Como lâmina limpíssima.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Uma jornalista perdida na ilha dos literatos - Parte 2

Não vou seguir ordem cronológica, queridos. Os textos desta série vão por temas.
"Da próxima vez eu venho disfarçado"
Reinaldo Santos Neves

Eu já tinha lido "Kitty aos 22: divertimento" no ano passado. E tinha gostado bastante especialmente por não conseguir parar de ler e pela frase que abre o livro: "cada personagem tem o romance que merece". Não vou falar da história deste livro agora.

Me concentrarei na figura do Reinaldo, autor vivo e presente nas mesas que falavam dele próprio. Na primeira, Sueli Gomes da Silva Oliveira - que num momento onírico ao ver a programação pensei ser A Sueli, jornalista e musa de "Sueli", romance de Santos Neves publicado na década de 80 - falou do perfil musical de Kitty.
O grande lance é que a protagonista do livro em questão ouve de tudo um pouco, qualquer tipo de rock (de Deep Purple à Britney Spears) e o autor presente e curioso de si mesmo disse ter sido questionado à respeito disso. Diversas pessoas presentes, entre elas eu-narradora-e-personagem, debateram a possível coerência ou incoerência de uma patricinha com tão variado gosto musical. Uma patricinha que, segundo Santos Neves, teve seu perfil musical garimpado nos blogs da garotada.
Ora, a personagem tinha e tem o romance que merecia e merece. Ela simplesmente pode ouvir o que quiser - e isso fui eu quem disse para todos que ali estavam discordando do perfil musical que já foi escrito com Coldplay e Avril Lavigne convivendo felizes e sem brigas. A Kitty faz jornalismo, a Kitty, como todos que entram numa faculdade de jornalismo, sabe o que é um lead, uma pirâmide invertida e sabe que todo jornalista tem que ser especialista em tudo.

A segunda mesa que falava do Reinaldo, entretanto, tomava-o por um aspecto completamente diferente do tratado em Kitty. A mesa falava de A Longa História, romance épico que todos os presentes concordavam ser maravilhoso e impossível de desgrudar. Três pessoas apresentaram trabalhos à respeito da obra.
Jorge Luiz do Nascimento disse do diálogo existente entre o romance de Santos Neves e alguns temas e parâmetros discutidos pelo escritor argentino Jorge Luis Borges - que não sei quem é, mas linquei a wikipidia pra vocês saberem.
Rogério Soares, por sua vez, falou da metaliguagem presente na obra, enquanto Vanda Luiza de Souza Netto contou das muitas histórias contidas dentro dA Longa História.
A fala da Vanda me instigou particularmente por que em determinado momento ela disse que contou numa primeira lida, cerca de 90 histórias contidas dentro do mesmo livro.
Fiquei fascinada. Não quero saber quem é Jorge Luis Borges por agora, mas preciso ler A Longa História.
Imagine você estar em uma sala em que todas as pessoas da sala falavam extremamente bem do mesmíssimo livro? E é um livro enorme, um tijolo de livro mesmo. Eu quis ler e ainda quero ler e vou comprar assim que tiver algum dinheiro.
Por fim, a frase-título foi dita durante a última mesa, quando todos os presentes começaram a elogiar Reinaldo compulsivamente, inclusive pelo árduo trabalho de pesquisa que ele sempre faz e que o diferencia de muitos outros escritores.

** por problemas na câmera, não há fotos nem vídeo.

Uma jornalista perdida na ilha dos literatos - Parte I

Primeiramente explico o título que tem uma lógica, inclusive, bem banal. A narrativa que proponho se passa comigo, pretensa jornalista, entre os ICs (prédios da Universidade Federal do Espírito Santo cuja sigla conhecida por todos os estudantes significa ilha central). O que se segue será uma narrativa literária e jornalística ao mesmo tempo em que eu contarei, como num diário, sobre o Seminário Sobre o Autor Capixaba, evento cheio de acadêmicos estudiosos de literatura e eu.

Primeiro dia- manhã.

Me enganei(ou me enganaram) quanto ao local em que seria dada a conferência de abertura do Seminário, assim cheguei ao local correto achando que estava atrasada, mas no momento exato em que as coisas começariam.
A mesa de abertura foi composta por Reinaldo Santos Neves, Luís Eustáquio Soares e Marcelo Paiva. Os três, num exercício metalinguístico típico da literatura, falaram sobre o próprio Seminário do Autor Capixaba. Reinaldo assumiu não saber de quem veio a idéia do evento e lançou sua dúvida aos presentes. Entretanto, a pergunta mais intrigante foi feita por Luís Eustáquio e eu não vou tentar respondê-la no presente post: literatura capixaba existe?

Vou parar por aqui, já que a conferência que veio após a mesa de abertura falava sobre teatro de José de Anchieta e Gil Vicente e eu sinceramente não sei nem fingir que sei falar disso - nem com anotações.

sábado, 10 de maio de 2008

Sarau II

Eu tenho primeiro que dizer que foi lindo. Depois eu digo do que estou falando. Sei que me propus a falar de literatura nesse blog e coisa e tal, mas ninguém disse que a literatura deixa de ser literatura quando falada.
E o Sarau sobre o qual disse no post de ontem(passou da meia noite, mas ainda é sexta – eu não dormi e eu decido isso) foi um sucesso. Nunca vi um sarau, nem uma mostra de vídeos tão cheios. Não lá na Ufes.
A exposição de desenhos foi numa sala e passaram mais de 70 pessoas que assinaram. E olha que eu nem assinei nada. E foram umas 3 horas de exposição contando assinatura, ou menos...
E o Sarau em si! Putz... Começou com a mãe da Natasha dizendo que não ouvia falar em sarau desde que tinha lido A Moreninha. Daí a gente foi pra lá e ficou botando músicas felizes pra tocar e o Sarau nunca começava. Tudo atrasou, mas ele por fim começou.
Primeiro falaram poemas de Gregório de Mattos, depois veio Mário de Sá Carneiro e depois eu falei um texto meu e Haroldo falou um texto dele. E todos foram tomando coragem e pegando mesmo o microfone pra declamar qualquer coisa, até música do Ponto de Equilíbrio.
Por que música é poesia sim e não há quem diga que não.
Foi lindo e eu tinha que dizer.


E agora, por que Internet é link, seguem nomes linkados e substancialmente acompanhados por agradecimentos e aplausos. Flora, Damn, Léo Lopes, Juliano Gauche, Túlio, Amanda, Vitór, Vinícius, toda a gestão do Cacos...

E pra fechar, na mostra de vídeos do sarau foi exibido um vídeo meu, que é esse aí:

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Sarau

Pois então,
Amanhã, às 19 horas, no Cemuni V (aquele lugar laranja que fica na entrada da Ufes), vai rolar o Boca do Inferno. Trata-se de um sarau/mostra de vídeo/ exposição de desenhos e telas/ Show do Methânia.
A iniciativa é dos alunos do primeiro período de comunicação lá da Ufes e é um excelente espaço para mostrar produção e conhecer o que há de novo nos campos das artes.
Vai lá e leva um texto!
Mais informações: Blog do Cacos

O meu texto é esse, ó!