Mostrando postagens com marcador Bandeira. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Bandeira. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Conversa

Eu achei que ia custar a escrever por aqui. faltava-me um objeto específico sobre o que discorrer. Precisava admirar-me de versos antigos ou romances novos. Talvez um drama desse conta do recado...
Mas não.
Hoje venho dizer que posso discorrer sobre tudo e que é preciso cigarros depois de bons livros. É preciso fumar o livro pra que ele circule em seus pulmões.
É preciso ter pulmões pra ler, como que para sorrir. Sorrir é preciso, mas não de graça.
A risada gratuita é feia e chata. O cinismo não cai assim tão bem e forçar o riso é quase que imoral.
Eu, como Luiza, não escrevo, mas transbordo.
Não tenho muito o que dizer além dos cigarros que minha mão não sabe, mas meu pai sim.
Entendi finalmente que a Dama Branca do Bandeira era ela, a tuberculose.

terça-feira, 6 de maio de 2008

Belo belo

Aline, Li Vinicius, li Bandeira.. depois disso, muitos beijos
na boca vieram e o fato de entender Vinicius só reforça minhas convicções do
quanto prefiro Bandeira.


Comentário do Marcelo, do blog Saco de Filó, no post "Soneto de fidelidade"



Manuel Bandeira foi dos primeiros poetas que eu gostei de ler. Caí nas graças dele aos nove anos por culpa das Chiquititas - Sim, eu era uma fã histérica delas . Por mais estranho que pareça, em um trecho da novela, uma personagem leu à outra um poema de Bandeira e eu, metida a gostar de poemas, resolvi correr atrás.
Morava perto da biblioteca e pegava sempre o mesmo livro dele, uma coletânea de poemas escolhidos por não lembro quem.
Em especial, dois poemas me intrigavam e me intrigam até hoje: Boca de forno e Belo belo II (existe um Belo belo I). De Boca de forno eu vou deixar pra falar depois, mas devo me concentrar novamente nos meus nove anos pra falar de Belo belo.
A questão é justamente o número. Naquela época, aprendia a verificar contas usando a prova real e a prova dos nove.
Eu gostava daquele negócio, achava bonito somar dois e sete. Nem lembro mais como é que se tira a prova dos nove, só lembro que você somava, dava nove e depois: noves fora zero. Hoje faço contas de cabeça e sou tão arrogante que nem verifico, não sei mais dançar as coreografias das Chiquititas, mas em mim ficou que vida noves fora zero.

zeca baleiro - Bandeira