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quarta-feira, 24 de março de 2010

A vida de Suzana Flag

Eu não sei nada de violência, nem de paixão, muito menos de como fala uma mulher bonita. Quem sabe dessas coisas é Nelson Rodrigues. Foram 4 folhetins em que ele disse se chamar Suzana Flag. A Suzana que se dizia belíssima, ninguém sabia quem era e todo mundo queria ler.
Aí apareceu, numa revista, uma história de nome “Minha Vida”, assinada por Suzana e cheia de paixão, violência e feminilidade. Os diálogos eram bons demais para parecerem vir de memória. Os detalhes eram demais para ser verdade. Poucos dias passados há anos antes de Suzana começar a escrever. Coisa à beça na cabeça de uma menina de 15 anos, que com aquilo tudo virava mulher – e virava a cabeça de todos os personagens masculinos da história. Começo básico: suicídio da mãe, depois morte do pai, depois armações de casamento com o amante da mãe, depois seqüestro, depois paixões e mais paixões. E muito gás.
Não sei quando descobriram que Suzana era Nelson, mas sei que Suzana é uma delícia de ler e que não é possível soltar “Minha Vida” antes do fim.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Nelson no bar com a gente

Cheguei no bar em êxtase.
- Danilo! Terminei o livro com as peças do Nelson.
- E agora, como é que você está se sentindo?
- Muito mais adúltera do que antes. E olha que eu estou solteira.
- Certo.
- Quer dizer, adúltera não. Eu sou honestíssima!
- Sei. Viúva, porém honesta.
- Olha aqui. Eu sou praticamente um Joice de "O anti-Nelson Rodrigues".
- Sim. Você é uma moça de família!
- Eu ia falar Lídia, mas aí eu lembrei que ela foge com o motorista e eu juro que esse não era o destino que eu queria pra mim.

* De fato, a conversa existiu. Numa sexta-feira de carnaval *

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Anjo pornográfico


Então, eu peguei e comecei a ler como se não esperasse nada, mesmo esperando muito. Tinha ganho o livro de aniversário depois de muito insistir para tê-lo ao invés da biografia do Rubem Braga. Eu sou dessas tietes retardadas que devoram livros de um mesmo autor eternamente.
Então, depois de ter lido alguma coisa de Nelson, li Nelson em Biografia e agora indico. Anjo pornográfico é um relato minucioso sobre a vida de Nelson Rodrigues, inclusive tomando o cuidado de dar o devido peso a Mário Rodrigues, pai do dramaturgo, e Mário Filho(aquele do maracanã), o irmão.
Assim, o relato tem um cuidado grande com fatos, como uma reportagem mesmo, afinal de contas, o autor do livro, Ruy Castro, é jornalista. Entretanto, Anjo pornográfico tem uma narrativa que se lê como romance.
Eu mesma, devorei página atrás de página, como se o livro fosse um belo bife de filé mignon. E, no fim das contas, é mesmo.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Nada

Meninos!
Eu ando tão atolada e apaixonada por tanta coisa ao mesmo tempo que hoje, pela primeira vez em dois meses de boteco, não sei sobre o que falar. Sentei-me aqui pensando em indicar algum bom livro dando características e dialogando com seu autor de forma tradicional e bonita.
Mas a verdade é que não sei.
Se hoje, neste boteco, eu falasse de Nelson Rodrigues, eu deveria conseguir dialogar com ele. Entender o que ele queria quando escreveu algumas obras - as quais eu nunca vou entender por completo-, mas eu não me chamo Arnaldo Jabor e nem tenho tamanha audácia.
Resta-me então, meu autoritarismo de quem hoje escreve sobre nada, pra que vocês leiam quem escrevia volta e meia sobre nada, mas muito bem obrigada.
Com vocês, um sabiá!

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Ana e a faca

A verdade é que eu simplesmente não sei falar dela e a culpa é de uma frase isolada que me marca, maltrata e instiga. Quando acordo e quando durmo aquela frase de poema me aguça mais do que a frase do Otto Lara Resende instigava aos personagens da peça "Bonitinha, mais ordinária", do grandissíssimo mestre Nelson Rodrigues.
Na peça, falava-se o tempo inteiro que "o mineiro só é solidário no câncer".
Entretanto, a minha frase é mais doce e por isso muito mais perigosa.

Do you Believe in love?

A culpa é da Ana Cristina César, nesse poema.