quarta-feira, 17 de março de 2010

Purgatório


“A Divina Comédia”, de Dante, é um clássico que volta-e-meia vê-se retomado por algum autor contemporâneo. Há não tanto tempo, Mário Prata fez uma releitura do texto em forma de folhetim e publicou na Folha Ilustrada. Os leitores e os pedidos para que a diagramação do jornal não “entortasse” a história (que as pessoas queriam encadernar) eram tantos que, terminado o folhetim, foi preciso publicá-lo como livro. “Purgatório” conta de forma bem humorada a verdadeira história de Dante e Beatriz, tão batida em músicas (como Beatriz, de Chico Buarque) e até novelas (como Sete Pecados, de Walcyr Carrasco).
No livro, Dante é o funcionário de um banco que passa a receber e-mails de sua ex-namorada da adolescência, a bailarina Beatriz. Tudo seria normal, se ela não estivesse morta e mandasse e-mails do purgatório. Virgílio, o poeta autor de “Eneida” que, na história original, guia Dante em sua viagem pelo inferno, é um amigo espírita do bancário que rende boas gargalhadas.
De um humor primoroso e fascinante, “Purgatório” é um livro de leitura fácil e agradável, sem ser óbvio. Os rumos alucinantes que a história toma prendem o leitor do começo ao fim. É Excelente motivo para boas gargalhadas.

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