segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Machado

Então tá.
Hoje é o tal do centenário de Machado de Assis e eu, sinceramente, não tenho muito o que dizer.
Tentei ler a poesia de machado e achei sinceramente ruim. A prosa, entretanto, é fantástica exatamente por ser real. Machado de Assis é daqueles autores que batem no leitor sem cerimônia. O intinerário costuma ser sempre Dom Casmurro, Memórias Póstumas de Brás Cubas e depois pára.
Não aconselho. Machado é muito bom nos contos e crônicas. As prosas curtas dele são excelentes e batem na gente tanto quanto os romances, ou mais.
Comece por A Cartomante, depois vá fuçando livros velhos e contos na internet. Esqueci o nome de vários contos. Lembro, entretanto, de todos que cairam no vestibular. Uns melhores, outros piores.
Ademais, gostaria de aconselhar alguma coisa não tão lida. Surge então a imagem de um bom poema: O casamento do Diabo

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Anjo pornográfico


Então, eu peguei e comecei a ler como se não esperasse nada, mesmo esperando muito. Tinha ganho o livro de aniversário depois de muito insistir para tê-lo ao invés da biografia do Rubem Braga. Eu sou dessas tietes retardadas que devoram livros de um mesmo autor eternamente.
Então, depois de ter lido alguma coisa de Nelson, li Nelson em Biografia e agora indico. Anjo pornográfico é um relato minucioso sobre a vida de Nelson Rodrigues, inclusive tomando o cuidado de dar o devido peso a Mário Rodrigues, pai do dramaturgo, e Mário Filho(aquele do maracanã), o irmão.
Assim, o relato tem um cuidado grande com fatos, como uma reportagem mesmo, afinal de contas, o autor do livro, Ruy Castro, é jornalista. Entretanto, Anjo pornográfico tem uma narrativa que se lê como romance.
Eu mesma, devorei página atrás de página, como se o livro fosse um belo bife de filé mignon. E, no fim das contas, é mesmo.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Conversa

Eu achei que ia custar a escrever por aqui. faltava-me um objeto específico sobre o que discorrer. Precisava admirar-me de versos antigos ou romances novos. Talvez um drama desse conta do recado...
Mas não.
Hoje venho dizer que posso discorrer sobre tudo e que é preciso cigarros depois de bons livros. É preciso fumar o livro pra que ele circule em seus pulmões.
É preciso ter pulmões pra ler, como que para sorrir. Sorrir é preciso, mas não de graça.
A risada gratuita é feia e chata. O cinismo não cai assim tão bem e forçar o riso é quase que imoral.
Eu, como Luiza, não escrevo, mas transbordo.
Não tenho muito o que dizer além dos cigarros que minha mão não sabe, mas meu pai sim.
Entendi finalmente que a Dama Branca do Bandeira era ela, a tuberculose.