quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Histórias curtas para Mariana M


No fim das contas, é mesmo uma história de amor.
Criança, eu gostava mesmo de detetives. Em livros, me atentei pouco para as deduções. Não tem graça sempre saber de cara quem é o assassino – e comigo isso sempre acontece. Tentei Agatha Cristie, Sherlock Holmes, alguma coisa de Rubem Fonseca com seu ótimo Mandrake. Romance Noir. Até Nelson Motta – com um livro legal e pronto, nada muito aguçador de cérebros.
Sou dessas leitoras que gostam de porrada. Entretanto, sempre me imaginei detetive. Solucionanadora de casos com raciocínio brilhante. Todavia, não será possível seguir na profissão, nasci mulher.
Em Histórias curtas para Mariana M, Francisco Grijó nos apresenta um narrador anônimo de ares um tanto arrogantes que fala de sua Mariana e de Júlio Albani, outro homem com quem ela se envolve. O narrador vai morrer e declara não gostar de histórias policiais, mas apresenta assassinos, investigações e informações sobre tramas policialescas.
Passei metade do livro me perguntando por que um homem à beira da morte contaria uma história de um gênero que não gosta. No fim, descobri que estava sendo enganada e que ele mesmo brincava comigo todo o tempo. Sem dúvida, Histórias curtas para Mariana M é uma desesperada história de amor.

Aqui, um post do autor sobre o seu livro.

Um comentário:

TELMA GUEDES disse...

hmmm, estou mto curiosa lendo essas resenhas...vou ficar sempre de olho! bjao Ariel!!!!bjss