sábado, 26 de dezembro de 2009

Sem plumas


Não resolvi ler Woody Allen. Nem com a Ariel falando que é bacana nem nada. A Bárbara simplesmente me chegou com aquele livrinho amarelo e simpático, dizendo que se eu gosto dos filmes, gostaria também de ler.
Sendo dócil e bem mandada como sou, aceitei a sugestão e li cada uma das histórias, dos ensaios e das peças de teatro. A mesma ironia dos filmes. Aquele humor inteligente que te traz um riso de canto de boca. Está tudo lá.
Em destaque, coloco uma peça de nome "Deus". Ariel disse há uns posts atrás que o Woody coloca até a Madame Bovary no meio da sua bagunça em "Que loucura!". Em Deus, de repente aparece Blanche DuBois (de Um Bonde Chamado Desejo, coincidentemente o post abaixo)fugida do manicômio e procurando uma peça nova para si. Alguém levanta da platéia e passa a fazer parte da história. O personagem não quer fazer o que o autor manda e então eles ligam para o Woody Allen, por que todo mundo sabe que não existe. Os protagonistas são gregos que se chamam Hepatitis e Diabetes.
Como é que uma peça dessas pode ser montada? E como é que isso pode não ser divertido?
É sem saída mesmo. Divertidíssimo.
Não vou entregar mais nada do livro.
Mas, se a Bárbara resolver ler esse post, bom que ela saiba que eu pedi que lhe entregassem o livro.